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sábado, 24 de abril de 2010

O Bom Design!


Dieter Rams nasceu em 20 de Maio de 1932 em Wiesbaden. Rams é um designer industrial alemão intimamente ligado à empresa Braun. É um dos mais influentes designers do século XX.

Rams estudou arquitetura na Escola de Wiesbaden e fez cursos de carpintaria. Após ter trabalhado para o arquiteto Otto Apel entre 1953 e 1955, ele passou a integrar o setor de eletrônicas da Braun, do qual ele se tornou diretor em 1961, posição que manteve até 1995. O design de Rams é associado à frase "Weniger, aber besser", que significa "menos, mas melhor", um de seus dez princípios do bom design.

Muitos de seus produtos, tornaram-se peça fixa de vários museus, incluindo o MoMA, em New York. Por aproximadamente trinta anos, Dieter Rams trabalhou como diretor de design da Braun, até sua aposentadoria, em 1998. Hoje é uma lenda nos círculos de design e mais recentemente trabalhou para a revista Wallpaper.

Ainda, diz-se que o design de Rams influenciou o de Jonathan Ive, da Apple, designer de produtos como o iMac, o iPod e o iPhone.

Os 10 princípios do bom design:

1- O BOM DESIGN É INOVADOR. Não se copia formas de produtos existentes.  A essência da inovação deve ser vista claramente em todas as funções de um produto.

2- O BOM DESIGN FAZ O PRODUTO ÚTIL. O produto é comprado para ser usado. Ele deve servir ao seu propósito, tanto nas funções primárias quanto nas secundárias. A tarefa mais importante do design é otimizar o uso do produto.

3- O BOM DESIGN É ESTÉTICO. A qualidade estética de um produto e a fascinação que ele inspira, é uma parte integral da utilidade do produto. É preciso ter um bom olho, treinado através de anos e anos de experiência para se desenhar a conclusão correta.

4-O BOM DESIGN AJUDA O PRODUTO A SER ENTENDIDO. Ele evidencia as estruturas do produto. Faz com que o produto fale. O produto é auto-explicativo e evita a árdua tarefa de ler um manual de instruções.

5- O BOM DESIGN NÃO ATRAPALHA. Produtos que possuem esta característica são ferramentas e não obras de arte ou de decoração. O seu design deve sempre ser neutro.

6- O BOM DESIGN É HONESTO. Um produto desenhado honestamente não diz que tem características que não existem. O design não influencia ou manipula os compradores e usuários.

7- O BOM DESIGN É DURÁVEL. Nada da moda que possa cair amanhã. Esta é uma das maiores diferenças entre produtos bem desenhados e objetos triviais. Desperdício não deve ser tolerado.

8- O BOM DESIGN É CONSISTENTE ATÉ O ÚLTIMO DETALHE.

9- O BOM DESIGN SE PREOCUPA COM O MEIO-AMBIENTE. O design deve contribuir para o meio-ambiente e usar os materiais de uma forma inteligente.

10- O BOM DESIGN É O MENOS DESIGN POSSÍVEL. De volta à pureza, à simplicidade.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cadeira Barcelona

Durante muito tempo a cadeira Barcelona foi tida como criação somente de Mies Van der Rohe, o notório arquiteto e co-fundador da escola Bauhaus, e foi presentada no Pavilhão Alemão para a Feira Internacional de Barcelona em 1929.

Seu estilo de arquiterua era bem "limpo", pois preferia dar atenção aos detalhes. Contudo o objeto é uma cadeira e não um prédio. Mies foi um dos pioneiros no desenho de móveis com estrutura de aço tubular, permitindo a produção em escala industrial, um dos preceitos da Bauhaus, onde lecionava na ocasião. Van der Rohe misturava couro com o metal cromado, em estrutura muito leves. Lilly Reich, cuja participação no desenho da cadeira Barcelona foi somente há pouco reconhecida, começou sua carreira como estilita de roupas femininas, em meados da década de 20 ele conhece Mies e começam a trabalhar juntos, a experiência dela em misturar texturas foi muito útil para o desenvolvimento de móvéis.

A Cadeira Barcelona faz parte de um projeto completo de design de interior, composta por mesas, bancos e outros mobiliários.

Até hoje, é das cadeiras mais apreciadas por designers de produto. Ela é composta pelas duas peças (encosto e apoio para pés).

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Vorkurs!!!!!!!!!!

Prof. Salomão entra na sala e diz: Bom, dia....Façam design. Volto daqui uma hora e meia. Tchau.

E a turma pensa: Quê? Como assim???

Bom, o que nosso professor pretendia com esta atividade inesperada é que nós, a turma de animação, fossemos obrigados a fazer design por meio do Vorkurs.

Vorkurs nada mais é do que uma estrutura de aprendizado (curso preliminar) que enfativaza o aprendizado pela prática, cujo objectivo era de eliminar da mente do aluno todos os preconceitos que eles traziam, fazendo-os recomeçar a partir do zero .Esse sistema foi criado por Johannes Itten (1887 - 1967). Através de estudos fazia-se com que os alunos desenvolvessem na prática, a exploração e combinação de formas, cores e materiais.  Por este meio,  o enfoque recaía sobre a experimentação como meio de autodescoberta.

Um pouco sobre Johannes Itten.

Nasceu em 1888 em Suderen-Linden, na Suíça, foi professor de escola primária, e teve formação de pintor com Adolf Hoelzel, cujas didácticas de arte e teoria de composição influenciaram o seu trabalho. 

Leccionou arte perto de Berna, transferindo–se para Viena para dirigir uma escola de arte. Nesta época foi apresentado a Gropius que o convidou para dar uma palestra sobre os Ensinamentos dos Mestres Antigos na Sessão inaugural da Bauhaus em 21 de Março de 1919, no Teatro Nacional de Weimar.

Em Outubro do mesmo ano, teve cadeira como docente da Bauhaus até Março de 1923, quando pediu a sua demissão. 

Sofreu influência de Frans Cizek (influenciado por teorias de Froebel e Montessori e John Dewey), que desenvolvera um sistema de ensino baseado no estímulo da criatividade individual, através da produção de colagens de diferentes texturas e materiais.

E outro pouco sobre Bauhaus... :P

Fundada a partir de um manifesto de Walter Gropius, em 12 de abril de 1919, a Bauhaus tem suas origens na fusão entre a Academia de Artes e a Escola de Artes e Ofícios da Alemanha. Impulsionados pelo novo quadro econômico enfrentado pelo país no pós-guerra, seus fundadores buscavam o fim da separação entre artistas e artesãos. 

Seu pioneirismo em estabelecer um novo conceito pedagógico - que defendia a modernização radical da vida em bases racionalistas - foi revolucionário na época.

Entre seus docentes, estavam os principais artistas do período, como Wassily Kandinsky, Paul Klee, Johannes Itten e László Moholy-Nagy, além de grandes nomes da arquitetura, como Walter Gropius (principal idealizador) e Ludwig Mies van der Rohe.

Em seus quatorze anos de existência, a Escola de Bauhaus passou por três etapas diferentes: a fase expressionista (1919 - 1927) em Weimar, sob a direção de Walter Gropius, a fase do formalismo construtivista (1927 - 1929) com Hannes Meyer em Dessau e, finalmente, a fase do racionalismo radical com ênfase na produção arquitetônica (1929 - 1933), sob a direção de Mies van der Rohe, parte em Dessau e parte em Berlim.

Encerrando suas atividades em 1933, em decorrência de mudanças sociopolíticas na Alemanha, a Bauhaus ainda segue orientando o pensamento das novas gerações de designers, em várias partes do mundo. Professores da Bauhaus foram acolhidos principalmente em instituições dos Estados Unidos, como Gropius e Breuer, que lecionam arquitetura em Harvard, e Mies van der Rohe, que dá aulas em Chicago. Em 1937, Lászlo Moholy-Nagy fundou a New Bauhaus, também em Chicago.

Sua influência funcionalista chegou ao Brasil principalmente através de seu ex-aluno Max Bill, primeiro diretor da Escola de Ulm, uma das principais referências dos pioneiros no design brasileiro.

Refenrencias:

http://www.designbrasil.org.br/portal/almanaque/enciclopedia_exibir.jhtml?idLayout=10&id=144

http://tipografos.net/bauhaus/missao-bauhaus.html